Mientras que en muchos países (como Brasil y Bolivia) los dirigentes piensan
que las cosas del fútbol están muy bien y no quieren cambiar nada, los chinos no
solo desean ser la potencia económica mundial, quieren, sí, ser potencia
mundial futbolística. En ese sentido, el gobierno decidió hacer obligatoria la práctica
del fútbol en las escuelas. Lean el importante informe publicado el domingo que
pasó, en la Folha de Sao Paulo.
Dragões de
chuteiras
POR MARCELO NINIO, da Folha de S.Paulo, desde
Pequim:
Agora
é oficial: futebol virou prioridade de Estado na China. O plano de renovação do
futebol chinês foi o primeiro item discutido pelo Comitê Central de Reformas,
que se reuniu na semana passada sob o comando dos dois homens mais poderosos do
país, o presidente Xi Jinping e o premiê, Li Keqiang.
O
recado foi claro: não basta ser a maior economia do mundo e uma potência
global. A China quer ser também um gigante no futebol.
O
empurrão vem do mais alto escalão comunista. Fã declarado de futebol, Xi
Jinping elevou o esporte a política de Estado desde que chegou ao poder, há
dois anos.
O
resultado foi o plano aprovado pelo Comitê de Reformas e apresentado nesta
semana na sessão anual do Congresso Nacional do Povo, evento mais relevante do
calendário político chinês.
“Precisamos
desenvolver e revitalizar o futebol para garantir que nos tornemos uma nação
forte no esporte”, disse o comitê, num comunicado. “Este também é um desejo
desesperado do povo.”
O
plano torna obrigatória a prática do futebol nas escolas e prevê a construção
de milhares de campos de futebol pelo país. A meta é que até 2017 a China tenha
100 mil crianças jogando.
Apesar
de ter se tornado potência do esporte e ficado em 2º lugar na tabela de
medalhas da última Olimpíada, a China no futebol é sinônimo de vexame e
frustração para seus torcedores.
A
seleção só se classificou uma vez para a Copa do Mundo, em 2002, quando foi
eliminada na primeira fase com três derrotas.
Atualmente
está em 82º lugar no ranking da Fifa, depois de subir 14 posições graças a um
desempenho surpreendente na recente Copa da Ásia, na qual venceu os três jogos
da primeira fase antes de ser eliminado pela anfitriã Austrália, campeã do
torneio.
“Uma
questão que sempre nos fazemos é: com uma população enorme de quase 1,4 bilhão
de pessoas, por que a China não é capaz de escolher 11 jogadores para formar um
time forte?”, escreveu o jornal oficial “Global Times”, repetindo algo que é
consenso no país: o problema é que simplesmente não há muitos chineses jogando
futebol.
Segundo
o jornal, o país tem 30 mil jogadores registrados, contra 1,5 milhão no Brasil
e 6,8 milhões na atual campeã mundial, Alemanha.
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